Olá, tudo bem? Meu nome é Roger, meu sinal na comunidade surda é este. Sou professor universitário da UFCA (Universidade Federal do Cariri) que é uma universidade que fica em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará. 

Na verdade, eu nasci no Rio Grande do Sul e estou aqui para falar um pouquinho sobre o movimento das pessoas com deficiência. Eu estou inserido dentro deste movimento, desta luta, na causa das pessoas com deficiência há mais de 20 anos. 

Dentro da luta, dos movimentos, também fui vice-presidente do conselho estadual do direito das pessoas com deficiência do Rio Grande do Sul, também atuando na secretaria municipal da pessoa com deficiência lá em Porto Alegre. Essa minha experiência, essa minha bagagem com a luta e de estar inserido no movimento das pessoas com deficiência, e sobretudo com a comunidade surda. 

E o dia 3 de dezembro é um dia muito importante. É um marco histórico no movimento das pessoas com deficiência em nível internacional, pois ele representa a nossa luta, representa o nosso valor, a nossa cultura, o nosso protagonismo dentro da política ou dentro das questões sociais, e então nós sabemos que cada pessoa precisa ser respeitada, mesmo diante das diferenças, não é mesmo? Dentro da nossa sociedade… Então a luta de fato ela representa o quê? Ela quebra paradigmas, quebra barreiras. E aí eu me lembro de uma frase: “Nada sobre nós, sem nós”, ou seja, se não nos chamarem, se nós não estivermos na luta, na política, ou dentro da diversidade na luta, isso não tem sentido, então a  sociedade precisa respeitar a nossa presença também dentro desse espaço de luta. 

Então, a primeira coisa que nós precisamos é esta união, não é mesmo? Então, eu espero que este dia 03 de dezembro seja um marco histórico na luta das pessoas com deficiência e também um dia de valorizar a cultura, a língua, a identidade, a visibilidade. 

Desta forma, que possamos ter um momento agora para falar de uma frase de um autor, do Foucault, que diz: “A luta sempre tem que estar inserida dentro da comunidade para haver uma transformação de verdade”. 

Então, a nossa luta continua, ela não parou. Um grande abraço à vocês. Tchau!