Cloroquina e hidroxicloroquina, o que você sabe?
OMS interrompe ensaio clínico com hidroxicloroquina. Entenda:
O fosfato de cloroquina e a hidroxicloroquina são medicamentos aprovados pelo FDA (Agencia Americana Administração de Alimentos e Produtos) para tratar ou prevenir malária. Também estão aprovados para tratar doenças auto imune como lúpus em adultos e artrite reumatoide.
Com a pandemia do COVID-19, o FDA aprovou o uso temporário apenas em pacientes hospitalizados por COVID, em ensaios clínicos. Paralelo a isso, no Brasil, ocorria divergências de opinião, quando se sugeria inclusive o uso do medicamento em ambiente domiciliar, no entanto, sem apoio da comunidade cientifica.
Vale ressaltar que até o presente momento não existe tratamento aprovado para a doença.
A grande discussão é a respeito da segurança medicamentosa. Desde sempre, a comunidade cientifica, com o apoio da OMS e FDA, relatou graves efeitos com o uso do medicamento, que pode levar a morte. Estes eventos adversos são descritos como prolongamento do intervalo QT, levando a arritmia cardíaca, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular (alteração na contração do músculo cardíaco).
Após a publicação de um estudo publicado na renomada revista The Lancet, feita com 96 mil pessoas, ter apontado que não houve eficácia das substâncias e ter detectado alterações cardíacas, em 25/05/2020, o diretor da OMS, Tedros Adhanon Ghebreyesus decidiu pela pausa temporária do uso do medicamento, enquanto os dados de segurança são revisados pelo Conselho de Monitoramento de segurança dos dados.
No Brasil, o Ministério da Saúde incluiu em 20/05/2020 a cloroquina e seu derivado, hidroxicloroquina no protocolo de tratamento de pacientes com sintomas leves de COVID-19.
O médico toma a decisão se vai prescrever ou não o medicamento e é necessário também a assinatura do paciente, do Termo de Ciência e Consentimento.